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Uma Resposta ao Recente Comunicado do CGB no Brasil

What follows below is a Brazilian Portuguese translation of an article written by Murari Das that has already been published here.

O CGB, corpo governamental da ISKCON Brasil, recentemente publicou um comunicado dizendo aos devotos para que não compartilhassem ou discutissem os conteúdos do livro Mothers and Masters ( anteriormente chamado Women: Mothers or Masters? ) em espaços nas redes sociais para devotos. Esse é o comunicado:

Comunicado Importante:

Tendo em vista uma série de publicações de cunho misógino surgidas recentemente em fóruns e páginas do Facebook, a ISKCON do Brasil gostaria de informar que a principal fonte dessas publicações, o livro de SS Bhakti Vikasa Swami “Women: Master or Mothers?” (“Mulheres: Mestres ou Mães?”), não reflete as opiniões oficiais da instituição, como expressou o GBC na sua Resolução 313 de 2016: “As opiniões expressas por Bhakti Vikasa Swami em seu livro ‘Women: Master or Mothers?’ são unicamente do autor em sua capacidade privada e não necessariamente refletem a visão e as práticas da Sociedade Internacional Para a Consciência de Krishna (ISKCON) ou de seu Acarya-fundador, Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada”.

Confiamos na instrução de Srila Prabhupada de buscarmos a unidade na diversidade. Por outro lado, esperamos que isso não venha com uma tentativa explícita (ou implícita) de diminuir ou subjugar qualquer grupo que participe de nossas atividades, pois isso é exatamente o oposto do transcendentalismo Bhagavata-dharma, conclusão da Bhagavad-gita, enfatizado pelos nossos mestres predecessores e acarya-fundador.

Reforçamos, portanto, que o livro e o seu autor não são porta-vozes de qualquer resolução institucional. E lembramos a todos que a reprodução desse conteúdo em espaços virtuais de convivência entre devotos não apenas distancia as discussões dos tópicos transcendentais válidos, que poderiam estar sendo debatidos, como agride desnecessariamente almas espirituais que têm o mesmo direito de usufruir de tais espaços.

Seus servos da ISKCON do Brasil,

CGB – Corpo Governamental Brasileiro
Secretaria de Comunicação
Secretaria de Justiça
Secretaria da Mulher

Nós podemos recordar que o GBC tentou banir esse livro há alguns anos, e isso levou a um protesto tão intenso por parte dos membros da ISKCON que o GBC voltou atrás no banimento e alegou que havia um erro na resolução. Porém, o conteúdo desse livro parece ser tão explosivo que agora  a administração da ISKCON Brasil falou que nem mesmo devotos devem compartilhar e discutir citações desse livro na internet. O autor deste artigo que vos fala também tentou escrever um comentário em resposta a esse comunicado na página de Facebook do CGB, mas ele foi removido também! Tudo em nome da unidade na diversidade.

No primeiro parágrafo acima, o CGB usa a palavra ‘misógeno’ para descrever as postagens do livro M&M ( Mothers and Masters ) que apareceram nos fóruns de devotos. Misógeno se refere a alguém que odeia mulheres. Em outras palavras, eles estão dizendo que Sua Santidade Bhakti Vikasa Swami odeia mulheres. Isso é um tipo de linguagem que não é algo esperado do corpo administrativo de uma organização religiosa e espiritual que esteja buscando a expansão dos princípios religiosos na sociedade, e enquanto tantas pessoas estão lhes tomando como modelo. Isso é obviamente Vaisnava aparadha contra um devoto que esteve pregando a consciência de Krishna praticamente durante sua vida inteira, e isso deve ser revogado imediatamente, até mesmo antes que qualquer discussão possa começar sobre as razões e a validade do comunicado emitido por eles. Como eles podem dizer que Maharaja odeia mulheres, dado que tantas devotas em corpos femininos são discípulas e recebem orientações de Maharaja, tanto como de qualquer outro guru na ISKCON? No site de Maharaja nós podemos ver vários videos de devotas em corpos femininos, famílias e de devotos em corpos masculinos glorificando o livro M&M. Será que eles fariam isso caso eles pensassem que Maharaja odeia mulheres ou que o livro diminui as mulheres?

A Resolução 313 de 2016 alega que a visão de Maharaja no livro não é a visão de Srila Prabhupada ou da ISKCON, porém, isso é de fato uma afirmação estranha, dado que o livro é feito em sua maioria de citações de Srila Prabhupada com alguns comentários de Maharaja, que é a maneira como Maharaja costuma escrever livros. Essa é, de fato, a visão de Srila Prabhupada! O GBC e o CGB brasileiro, quando dizem que essa não é a visão de Srila Prabhupada, tornam algo fácil para eles rejeitar essa visão, já que eles não querem aceitá-la: pois isso significaria ter que implementá-la, com Varnasrama e papéis para as mulheres de acordo com os shastras, o que é algo que eles não querem fazer.

O GBC usou a frase “unidade na diversidade” algumas vezes nos comunicados que justificaram a sua perseguição a M&M, e aqui o CGB menciona isso novamente. Nesse caso, eles são como alguém que diz estar fazendo guerra para trazer a paz. Se o GBC/CGB estão tentando manter a unidade na diversidade, então por que eles estão nos impedindo de expressar as nossas visões? Restringir e censurar um livro e o seu conteúdo parece próprio de alguém que quer rejeitar alguns pontos de vista e forçosamente impôr seu ponto de vista, e não como próprio de alguém que quer aceitar opiniões diversas.

O comunicado conclui dizendo, em essência, que os conteúdos de M&M não devem ser compartilhados ou discutidos em sites para devotos, pois isso desvia a discussão dos tópicos transcendentais e também vitimiza almas espirituais ( que se opõem ao varnasrama ou stri-dharma ), as quais também tem direito a usufruir desses espaços ( sites ). O Bhagavad-Gita diz em BG 18.46 que ao cumprir com o seu dharma, o trabalho ordenado para si ( vaisyas, brahmanas, mulheres, etc. ), pode-se atingir a perfeição. E no Srimad-Bhagavatam, SB 7.11.29, é dito que uma mulher que desempenha o seu stri-dharma – “…volta ao lar, volta ao Supremo, com seu devotado esposo, e eles vivem muito felizes nos planetas Vaikuntha”. Considerando isso nós podemos ver que desempenhar ou falar sobre stri-dharma e varnasrama dharma é transcendental, dado que isso leva à liberação, e portanto não deve ser interrompido, tal como o CGB advoga. Os acaryas, Srila Prabhupada, Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur, Bhaktivinoda Thakur, etc. e os shastras, Srimad Bhagavatam, bem como o Bhagavad-gita, todos falam desses tópicos transcendentais de conhecimento, dado que eles são purificadores e nos mostram o caminho de volta ao Supremo. Então por que o CGB brasileiro, que supostamente deveria estar representando Srila Prabhupada e o parampara, está ordenando aos devotos que interrompam a discussão desses tópicos?

O GBC, CGB e outros devotos que estão tentando interromper a distribuição, discussão e agora postagens na internet de M&M estão expondo sua aversão ao Varnasrama e stri-dharma ( que é o principal assunto do livro ), e a sua inabilidade em contra-argumentar e derrotar os pontos do livro que advogam por sua implementação e propagação. Que eles não sejam capazes de derrotar os pontos é algo esperado, porque os conteúdos de Mothers and Masters ( M&M ) estão em consonância com os shastras. Essas são verdades eternas que são universais e não estão sujeitas aos caprichos dessa civilização supostamente moderna, com os seus arrogantes movimentos materialistas, tais como o feminismo. Portanto, não sendo capazes de derrotar os pontos, eles tentaram conter o livro e suas ideias ao rotular o autor como um odiador de mulheres que não está representando Srila Prabhupada, com a esperança de que isso irá deter a absorção dessas ideias pelos devotos. Tais atitudes são impróprias para o CGB.

Um dos três membros do CGB colocou uma postagem na página do CGB no Facebook logo após o comunicado ter sido postado, explicando em grande detalhe por que a restrição era justificável, e a postagem ficou mais longa do que a própria resolução. De fato, se a restrição ao conteúdo do livro fosse justificável, então não haveria necessidade de justificar isso tão elaboradamente, já que seria algo evidente. Nós podemos ver que muitos pontos em sua postagem são diferentes das opiniões de Srila Prabhupada ( que são não-diferentes dos shastras ) e isso não devia ser o caso para um líder ou administrador na ISKCON. As ideias de Srila Prabhupada sobre os papeis para mulheres são claramente dadas em seus ensinamentos; um exemplo é o Bhagavad-gita, BG 16.7, significado, Srimad Bhagavatam, SB 7.11.25-29. M&M simplesmente tomou essas citações, as apresentou e as discutiu. Seguir o guru é a primeira lição na vida espiritual e todo o sucesso depende de seguir as instruções de Srila Prabhupada, e não especular ou tentar seguir as ideias modernas da moda.

Srila Prabhupada disse que o feminismo é simplesmente outra forma de maya, e que – “Supostos direitos iguais para mulheres significa que os homens enganam as mulheres.” [ retirado de A Ciência da Auto-Realização ]. Srila Prabhupada nunca começou uma Secretaria da Mulher ou tentou encorajar as mulheres a fazer o que os homens fazem, então por que nós estamos nos desviando do seu exemplo? Qual é o propósito dessa Secretaria da Mulher e onde isso se encaixa nos nossos esforços para propagar a consciência de Krishna e estabelecer o Varnasrama? Eles são a favor do Varnasrama e dos papéis das mulheres dentro dele, ou eles são contra?

Recentemente, foi mostrado a mim um artigo que mostrava que um membro sênior do auto-proclamado Vaishnavi Ministry é um advogado de divórcios de longa data!   Isso significa que ele ganha a vida desmanchando famílias. Isso contradiz a opinião de Srila Prabhupada sobre o divórcio: “O que é essa coisa sem sentido, divórcio? Não existe tal coisa na civilização védica, divórcio. Você deve aceitar quem quer que Deus tenha lhe dado como esposo ou esposa. Você deve. Não há questão de divórcio.” [ 6 de Julho de 1976, Washington D.C. ]. Isso não é o exemplo que queremos mostrar para a sociedade externa e não é o que queremos ensinar às jovens moças em nosso movimento. Nós precisamos repensar a direção da nossa pregação, e isso deve começar através da implementação do Varnasrama-dharma de acordo com a ordem de Srila Prabhupada, e também por fechar essa Secretaria da Mulher ou esse Vaishnavi Ministry, que com o tempo têm mostrado não estarem trabalhando em harmonia com os shastras e com a visão de Srila Prabhupada sobre quais devem ser os papéis das mulheres. A prova disso é que eles são uma das partes que produziram esse comunicado do CGB.

Portanto, nós convocamos ao CGB e as outras partes que escreveram esse comunicado para:

  • Pedir perdão por terem chamado à Sua Santidade Bhakti Vikasa Swami de misógeno, alguém que odeia mulheres.
  • Revogar o comunicado emitido em sua página do Facebook, que foi demonstrado estar contra os esforços de servir à missão de Srila Prabhupada.

Caso falhem em fazer isso, nós infelizmente seremos levados a concluir que o CGB e as outras partes envolvidas que escreveram esse comunicado não estão mais apoiando e propagando os ensinamentos de Srila Prabhupada, mas possuem uma agenda de propagar o feminismo e outras ideias próprias que não são védicas.

O Livro Mothers and Masters está disponível nos seguintes sites:

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Shambhu Dasa

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